Antes de mais devo lembrar que tivemos a mesma discussão quando passamos do SD para fullHD. Muitas pessoas falavam ” para que Full HD se tudo mundo tem uma TV de 17″ e 22″ e quando vamos ter computador para editar em Full HD o meu ja trava em SD… No entanto, anos passaram e as tvs passaram a ter em media 40 ” e os computadores e ate celulares em poucos anos rodaram sem problema o full hd ou como falou alguém “cada ano que passa as telas das salas de cinema ficam menores e as tvs maiores”

“Se está estudando comprar uma tv, um computador, um monitor, uma câmara ou um smartphone, certamente já ouviu falar do 4K. Esta é a maior resolução standard do momento, trazendo para as imagens quatro vezes mais píxeis do que o Full HD (1080p). Mas até que ponto esta característica é uma verdadeira mais valia? Analisamos os prós e os contras do 4K para que possa escolher em consciência.

Em teoria, 4K e Ultra HD são denominações com significados diferentes. Na prática, nem por isso. O 4K nasceu como um formato para produção de vídeo profissional e cinema, o passo seguinte ao 2K (2048×1080). Além de indicar a resolução (4096×2160), também determina a codificação propriamente dita. É, portanto, um verdadeiro standard criado para garantir a projeção de alta qualidade nos cinemas digitais denominados 4K. Como é fácil de perceber, o termo 4K refere-se ao número de colunas: 4096, aproximadamente 4 mil.

Ultra High Definition ou Ultra HD (UHD) é o passo seguinte ao Full HD. Também pode ser representado por 2160p, do mesmo modo que o Full HD também é representado por 1080p (valor referente ao número de linhas). A resolução do Ultra HD é 3840×2160 píxeis, ligeiramente diferente do 4K porque a razão de aspeto (razão entre a largura e a altura) é outra (o cinema tende a ser mais “alongado” que a televisão). Como tal, Ultra HD deveria ser o termo usado para televisores, monitores ou transmissão televisiva. Mas, por razões de marketing, o termo 4K acabou por ser utilizado de modo indiscriminado.

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TELEVISORES
Nível de ganho do 4K: reduzido

Para percebermos o impacto real do Ultra HD podemos relembrar o que aconteceu com a chegada do Full HD. Na altura, os testes demonstraram que muitos utilizadores não conseguiam ver a diferença entre o Full HD (1080p) e o HD (720p), sobretudo em televisores relativamente pequenos (32 polegadas ou inferior). Situação que se repete com o 4K.

Há alguns sites que nos ajudam a perceber se beneficiamos com os pixels extra, como é o caso deste, que indica qual a distância recomendada para cada diagonal de ecrã. Se considerarmos um televisor de 42”, a distância recomendada para se tirar partido do Ultra HD é de apenas 1,2 metros.

Claro que estas distâncias dependem em larga medida da acuidade visual do utilizador, que é levada em consideração AQUI, que tem ainda vantagem de apresentar resultados mais pormenorizados (embora seja necessário convertermos pés e polegadas em metros e centímetros).

Segundo esta calculadora, alguém com visão 20/20 sentado a 2 m de um televisor de 50 polegadas só vai sentir 23% de melhoria ao mudar de 1080p para Ultra HD. Se, nas mesmas condições, o ecrã for de 42”, então o nível de melhoria é… 0%. Em suma, as vantagens do 4K só são realmente visíveis quando estamos muito próximo do televisor e/ou quando o ecrã é gigantesco. O que não faz grande sentido, até por razões de conforto.

Pior ainda é a situação dos conteúdos. Na realidade, ainda nem há um verdadeiro standard de transmissão em Ultra HD. O único grande fornecedor “universal” de 4K é o serviço Netflix, que recorre ao streaming. Na verdade, quando surgir um formato standard para comercialização de filmes, é bem possível que muitos dos televisores atuais não sejam compatíveis devido aos protocolos de segurança. Quanto a emissões televisivas em 4K, os operadores ainda estão apenas numa fase experimental e as estações nacionais nem têm esse investimento planeado.

Em suma, foi o mercado dos televisores que trouxe o 4K para a ordem do dia. Mas esta resolução extra foi introduzida mais porque a tecnologia de fabrico assim o permitiu do que para responder a uma real necessidade do mercado. As marcas sabem que os números ajudam a vender: a resolução é um termo quantitativo que todos percebem. Bem mais difícil é definir outros aspetos relacionados com a qualidade de imagem.

Conclusão, o 4K não é, por si só, sinónimo de qualidade. Se vai comprar, esteja atento a aspetos como o realismo da cor, o contraste (sobretudo em cenas escuras), a uniformidade da luz em todo o painel, a velocidade de resposta (arrastamento em cenas de movimento) e os ângulos de visão. Tudo mais importante que o Ultra HD. A não ser que esteja à procura de um gigante de 60 polegadas ou mesmo maior. Mas mesmo neste caso prepara-se para ver muitos píxeis porque os conteúdos continuarão a ser, maioritariamente, Full HD ou bem abaixo disso.

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CÂMERAS DE VÍDEO
Nível de ganho do 4K: elevado

A situação muda completamente quando se passa da apresentação para a captura da imagem. Nesta situação há vantagens evidentes em ter mais resolução. Por exemplo, é possível ampliar o vídeo durante a edição para ir buscar pormenores. Ainda mais importante, como muitos dos vídeos que fazemos servem para registar momento importantes, a adoção do 4K garante maior longevidade – os nossos vídeos de família poderão ser vistos daqui a 20 ou 40 anos. Aqui o problema da ausência de um verdadeiro standard de transmissão não é relevante mesmo para profissionais, porque será sempre possível recodificar através de software. Como o conteúdo é nosso, podemos fazer as “saídas” que quisermos.

Mas a captura em 4K também tem os seus problemas. Uma vez mais, mais pixels não significa sempre mais qualidade e o visionamento pré-compra é fundamental. Em regra não é difícil encontrar vídeos de teste online, a não ser que a câmera (ou smartphone) tenha acabado de chegar ao mercado. Mas, felizmente, como atualmente o vídeo tende a ser uma adenda à fotografia, muitos dos sensores têm resolução mais do que suficiente para gravar 4K. Tudo acaba por depender da capacidade de processamento da câmara, mas quando há suporte para 4K a qualidade extra tende a ser um dado adquirido.

Se é utilizador entusiasta que procura o “verdadeiro” 4K (formatos de muitos megabits por segundo), prepare-se para as consequências dessa escolha. Vai precisar de cartões de memória espaçosos e rápidos; de computadores poderosos; e de um monitor 4K para fazer a edição do vídeo. Ou seja, a mudança para a captura de vídeo em 4K tem um impacto significativo no restante sistema, o que deverá exigir mais investimento além da câmara propriamente dita.

MONITORES
Nível de ganho do 4K: médio

Ao contrário do que se passa com os televisores, os monitores muitas vezes distam menos de um metro dos nossos olhos. O que significa que é mais fácil identificar os pixels. Tão ou mais importante, a resolução extra significa mais área de trabalho para usar as aplicações. Mas também é verdade que usar uma resolução muito alta num ecrã com diagonal relativamente pequena cria problemas: os menus e ícones de alguns programas podem não escalar bem e tornarem-se difíceis de ler, criando fadiga visual, e há uma maior exigência de processamento gráfico.

Regra geral, os monitores 4K só fazem sentido em diagonais próximas das 30 polegadas ou superiores. Até porque existem opções intermédias, nomeadamente os monitores 2K (mais indicados para monitores na casa das 20 polegadas). Se é fã de jogos, tem de garantir que tem uma placa gráfica de alto desempenho para poder jogar com esta resolução. Até porque usar resoluções abaixo da nativa traz problemas de qualidade.

Verifique ainda se o monitor tem as interfaces necessárias para atingir a resolução com uma frequência elevada. Por exemplo, se usar a ligação HDMI, só a versão 1.4 suporta 4K com uma taxa de atualização de 50/60 Hz – há muitos monitores e televisores em que o 4K está limitado a 30 Hz, o que resulta em imagens pouco fluidas e até prejudiciais para a saúde visual. Deverá ter também DisplayPort, uma interface que dá mais garantias de futuro.”
Fonte: FilmMaker

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